É vigilante no colégio. Engravidou aos 18 anos de um vizinho, de
ascendência angolana. Dessa relação nasceu Alice, que Arlete teve de
criar sozinha, porque o vizinho foi a dada altura a Angola tratar de uns
assuntos de família e nunca mais voltou. Arlete trabalhou durante muito
tempo como empregada doméstica, até conseguir um lugar no colégio do
Mocho, onde está desde que o colégio abriu.
Desde que a filha e o genro foram para Angola, Arlete ficou a tomar
conta dos netos, Carlos e Fernando. Apesar de boa pessoa, e amiga de
todos os alunos, Arlete é muitas vezes injusta quando se trata de
proteger o neto mais novo. Vive convencida de que o seu neto é
prejudicado por não ter as mesmas posses dos outros, o que não é de todo
verdade.
Arlete tem uma memória invejável. Sabe o nome de todos os alunos, o que
comeram ao lanche, quem os veio buscar, quem os levou... acabando por
cair muitas vezes na “fofoca”. Se puxarem por ela, sabe a vida de
qualquer pessoa daquele colégio.
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